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27 ago

Segundo a SEED professores(as) deverão produzir vídeos aulas

Proposta foi apresentada pela SEED/PR, durante live. Excesso de trabalho e adoecimento dos trabalhadores(as) da educação e exclusão dos estudantes são os resultados que o Feder esconde.

O secretário estadual de educação Renato Feder e a equipe da SEED/PR promoveram no dia de hoje, 27/08, quinta-feira, uma live para apresentar os supostos resultados positivos das atividades a distância na rede estadual do Paraná. No evento, o secretário reforçou dados de acesso e participação dos estudantes que não correspondem a realidade vivenciada nas escolas. Em determinado momento, Feder, sem nenhum senso de realidade afirmou “tenho conversado com vários especialistas que têm afirmado que o Paraná tem um sistema melhor do que o da Europa nesta pandemia”.

Apesar do esforço dos trabalhadores(as) da educação, neste período de pandemia, o sistema implantando pela SEED/PR intensificou a precarização do trabalho nas escolas e aumentou a exclusão educacional dos estudantes. Diante do fracasso, Feder e o seu “time” aparecem com soluções mirabolantes que tendem a tornar insustentáveis as condições dos trabalhadores(as), dos estudantes e suas famílias. 

Durante toda a live uma contradição ficou evidente: de um lado, a fantasia e o discurso irrealista de Feder que acentuou “o sucesso” do projeto de atividades a distância. O Paraná é exemplo para o Brasil, 99% dos estudantes estão inseridos e 4 milhões de atividades são realizadas pelos estudantes diariamente. No entanto, foi preciso, mesmo que a contragosto reconhecer a realidade. Apesar do esforço dos trabalhadores (as) da educação, o projeto da SEED/PR intensificou a evasão dos estudantes, principalmente no ensino fundamental.   

A “proposta” que os professores(as) produzam vídeos aulas

O aspecto central da live foi a apresentação da proposta que obriga os professores a produzirem vídeos aulas e atender ao vivo os estudantes. Feder e o “time” destacaram alguns eixos das mudanças sugeridas. O primeiro aspecto é que o tema será objeto de uma futura resolução, o indicativo é que o documento será publicado no dia 08 de setembro.   

A resolução trará a obrigatoriedade dos professores(as) ministrarem suas aulas ao vivo de acordo com a quantidade e o horário das escolas. As aulas deverão ser realizadas no aplicativo “Aula Paraná” ou por meio do Google Meet. As aulas deverão ter no mínimo 15 minutos.

Infelizmente, novamente, Feder utiliza o recurso da live para debater um tema que impacta a vida de milhares de trabalhadores(as) da educação. Ignora-se propositalmente os espaços coletivos de debate e consulta das escolas. O autoritarismo e a ausência de participação da comunidade são características estruturantes da política educacional da SEED/PR no governo Ratinho Jr e que intensificou-se durante a pandemia. Cabe destacar que este aspecto é um elemento constitutivo do projeto neoliberal/empresarial que Renato Feder representa.

Neste momento, é fundamental o debate e a mobilização (pelos meios virtuais nas escolas e na sociedade). A obrigatoriedade das aulas virtuais, certamente intensificará a exaustão e sobrecarga de trabalho que já estamos vivenciando.

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