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7 ago

APP HOMENAGEIA SERVIDORA APOSENTADA EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO(A) FUNCIONÁRIO(A) DE ESCOLA

“Tem de lutar até o fim”, diz Rosiclé Moreira, se referindo a proposta de terceirização das funções de agentes I e II nas unidades escolares.

Neste 7 de agosto, Dia do trabalhador (a) de escola, a APP Londrina parabeniza a estes profissionais tão importantes para o dia a dia das unidades escolares. Sabe-se que sem eles, a escola simplesmente não funciona, pois são os responsáveis por abrir e fechar as portas e portões, cuidam da higiene de cada cantinho, fazem a merenda e são verdadeiros parceiros (as) de professores (as), alunos (as) e seus familiares.  Normalmente nossos zeladores (as) também conhecidos como agentes educacionais I conhecem as histórias dos alunos e se tornam conselheiros, psicólogos e enfermeiros. Os tios e tias como costumam ser chamados são o coração da escola.

Em nome de todas as trabalhadoras(es) de escola,  a APP presta uma homenagem especial para funcionária aposentada Rosiclé Moreira Fonseca que tem uma história de mais de 30 anos de  serviço . “ Os funcionários são sempre os primeiros a chegarem  e os últimos a saírem. Tem um papel fundamental no bom andamento da escola, mas muitas vezes é esquecido por todos na hora da homenagem, por isso estou muito feliz por que a APP se lembrou de mim”, declarou Rosiclé.

Ela conta que sempre participou das lutas do sindicato. “ Eu respeito muito a APP pela sua atuação em defesa dos funcionários (as) e professores (as). Tivemos muitas lutas e vitórias juntas, uma das maiores foi a realização de concurso público para os funcionários em  1.994”, lembrou.

Segundo Rosiclé, naquela época os funcionários eram celetistas e no fim de cada ano eram todos demitidos, tendo de fazer novas provas para serem recontratados.  “Era uma humilhação, pois o salário era de R$143,00 e não dava para nada, muitos colegas passavam até fome. Me lembro que durante uma assembleia, nós subimos no palco com os pratos vazios e no impulso eu joguei no chão e gritei: prato vazio nunca mais.  Todos os funcionários quebraram seus pratos também. Os professores nos apoiaram e começamos a gritar: assim é que se vê, a força da APP.  Foi emocionante”, conta com os olhos cheios de lágrimas.

Em sua casa, no Jardim Aqulies Stengel, na região norte, ela guarda dezenas de boletins do sindicato, recorte de jornais  que traziam as noticias sobre as lutas e ela sempre estava presente nas fotos, na maioria delas com uma panela na mão. “Depois da campanha do prato vazio eu adaptei para a panela vazia e em todos os protestos eu sempre levo minha panelinha, se tornou uma marca da luta.

Atualmente, ela conta que se preocupa quando vê notícias de que o governo está terceirizando os serviços na escola. “O pessoal não pode deixar isso acontecer. Tem de lutar para ter concurso público. Se houver união de todos para ir para Curitiba, enfrentar o que for preciso para obrigar a  fazer o concurso, senão vai acabar com esta carreira tão importante que é dos funcionários (as) de escola. Tem de lutar, até o fim”, finalizou.

APP Sindicato Londrina.
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