25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha
Autora do texto: Sandra Regina da Rocha (Secretaria executiva da mulher trabalhadora e dos direitos LGBTQIA+)
Essa data foi criada em 1992, no 1º Encontro da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, uma data tão importante que foi reconhecida no mesmo ano pela ONU, dada a necessidade do debate.
Com o objetivo de unir as mulheres negras e denunciar a discriminação, o racismo e o machismo não só nesses países, mas de forma global, essa data foi criada. As mulheres negras vivem em seu cotidiano a discriminação racial, social e de gênero e seu enfrentamento é urgente e necessário.
Os países da América Latina e Caribe possuem baixo índice de representatividade feminina na política e em cargos de destaque no mundo do trabalho, principalmente a mulher negra, porém esse índice é alto em relação a desigualdade social e a violência ( 66% dos feminicídios de mulheres, são de mulheres negras).
No Brasil esse dia também é lembrado como é Dia Nacional de Tereza de Benguela e Dia da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi líder Quilombola Quariterê, que resistiu a escravidão lutando pela comunidade negra e indígena.
A líder quilombola é um exemplo da importância da mulher negra na história do nosso país. O Brasil possui inúmeras mulheres negras que se destacaram e se destacam até hoje por seus feitos, Conceição Evaristo é uma delas. Essas mulheres reafirmam o protagonismo. Celebrar o dia 25 de julho é um alerta necessário que denuncia a frágil democracia que ainda não superou as discriminações sociorraciais e de gênero.
Continuemos lutando por uma sociedade para todas e todos, justa, democrática e igualitária!
VIVA O JULHO DAS PRETAS!
Referências:
https://www.geledes.org.br/hoje-na-historia-25-de-julho-dia-internacional-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha/?gclid=EAIaIQobChMIqMmezL2P-QIVQ-VcCh3McQEPEAAYAiAAEgK8IvD_BwE%20
https://nossacausa.com/amefricanifesto-dia-da-mulher-negra/