Calendário escolar, distribuição de aulas e retomada do PDE são temas de reunião entre dirigentes da APP e da Seed
Sindicato reiterou as demandas de que o calendário respeite o recesso de final de ano e os 30 dias contínuos de férias em janeiro
Calendário escolar, distribuição de aulas e retomada do PDE foram os principais temas de reunião realizada na tarde desta terça-feira (16) entre dirigentes da APP-Sindicato e da Secretaria de Estado de Educação (Seed). A APP reiterou as demandas de que o calendário respeite o recesso de final de ano e os 30 dias contínuos de férias em janeiro – para isso a distribuição de aulas deveria acontecer em dezembro e não em janeiro, como prevê a Seed.
A Seed antecipou que o calendário escolar será mantido com distribuição de aulas em janeiro, de maneira remota, a despeito da reivindicação da APP para manter o primeiro mês exclusivamente para descanso, sem compromissos profissionais. A Secretaria também reafirmou a manutenção do recesso para os funcionários de escola entre os dias 25 de dezembro e 2 de janeiro.
Em relação ao PDE, a APP pediu à Seed a ampliação do número de vagas. A princípio são 1,6 mil vagas, número insuficiente se considerada a demanda represada desde 2016, quando o último PDE foi realizado. A direção da Seed ficou de reavaliar o número de vagas, a partir da informação de que mais de 22 mil professores(as) estão aptos a participar do PDE, etapa fundamental para alcançarem o topo da carreira.
A APP apresentou a reivindicação de que os(as) professores(as) de Humanas também possam assumir as aulas de Projeto de Vida no novo ensino médio. A Seed concordou e garantiu que a demanda será contemplada na distribuição de aulas.
Outro pedido da APP, que será avaliado pela Seed, é que as aulas do Programa Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo sejam designadas também aos professores PSS e não somente aos professores concursados na disciplina de Educação Física.
A APP questionou recente resolução da Seed que inclui pedagogos(as) no processo de substituição de professores(as) nas escolas. A Seed informou que os pedagogos(as) não vão substituir os professores(as), mas apenas “organizar” os estudos nas turmas sem professores(as), e que sem isso essas turmas não poderiam concluir o ano letivo. A APP manifestou descontentamento com o fato de, em novembro, as escolas não terem ainda os(as) professores(as) necessários.
A Seed informou que está implantando uma estrutura de atendimento remoto para os(as) educadores(as) tirarem dúvidas, principalmente sobre questões de recursos humanos. A Secretaria também anunciou que pretende implantar um programa de saúde mental para estudantes e trabalhadores(as) em educação.
Ensino técnico – Em outra reunião, remota, a APP debateu com a Seed o fechamento anunciado de três cursos técnicos no Colégio Estadual de Educação Profissional Maria Castaldi, em Londrina. O Governo do Paraná pretende encerrar os cursos técnicos de Química, Eletrônica e Eletrotécnica.
A Seed argumentou que os fechamentos se deveriam à “baixa aderência pedagógica e econômica” dos cursos, que teriam grande número de desistentes e não se adequariam ao “arranjo produtivo” de Londrina.
“A direção do colégio procurou a APP trazendo a demanda sobre esses cursos subsequentes. A APP levou essa demanda até a coordenação de Educação Profissional da Seed. No debate, a APP e a direção do colégio argumentaram que os números da evasão escolar são menores que os dos concluintes. Pedimos que o Estado olhe para os estudantes que concluem o curso e se inserem no mercado se trabalho. Solicitamos a manutenção desses cursos. A Seed pediu que escola enviasse informações sobre os concluintes e isso será feito”, relata Vanda Santana, secretária Geral da APP.
“Continua a luta pela manutenção desses cursos subsequentes, que são fundamentais para a formação dos cidadãos de Londrina nessas áreas técnicas”, completa.
Fonte: APP Sindicato
APP Sindicato Londrina.
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