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15 abr

Aplicativo “Aula Paraná”continua expondo crianças e adolescentes ao risco

SEED/PR continua a insistir no sistema EAD mesmo com inúmeros problemas. Hoje, 15/04/2020, estudantes voltaram a interagir no aplicativo Aula Paraná.

Esta é a segunda semana do projeto de Educação a distância implantado pelo secretário Renato Feder. Nestes 10 dias foram diversas denúncias apontando os problemas e os riscos da proposta. Na semana passada várias matérias circularam mostrando que a falta de planejamento coloca as crianças e a adolescentes em risco.  Estímulo ao suicídio, pornografia e expressões preconceituosas eram postadas sem nenhum tipo de moderação. A situação foi encaminhada ao Ministério Públicos por pais e autoridades ligadas à educação.

O fato gerou forte reação das famílias e a forma encontrada para resolver o problema foi o bloqueio dos comentários. No entanto, hoje, a situação voltou a se repetir. No canal do 1º do Ensino Médio, durante as aulas os estudantes voltaram a postar mensagens, circulando os contatos de e-mail e redes sociais. A situação durou por aproximadamente uma hora e após as mensagens foram bloqueadas.

Além do risco da interação desorganizada no aplicativo a gambiarra proposta pelo secretário Renato Feder não considera diversos outros aspectos importantes: grande parte dos estudantes não terá acesso as aulas, o aprendizado de crianças e adolescentes requer a presença física de profissionais da educação, a forma desorganizada e autoritária que a proposta foi construída resultou na situação que até hoje ninguém nas escolas sabe ainda o que é para fazer.  O sistema em EaD descartou os estudantes da Educação de Jovens e Adultos, da Educação Profissional e da Educação Especial.

Para esconder o fracasso da proposta, a SEED/PR e os núcleos regionais de educação têm utilizado a estratégia de intimidação dos trabalhadores(as) da educação. Além disso, como forma de propagandear os supostos benefícios do projeto, Renato Feder insiste em apresentar os números de acesso. A postura do secretário, que não é nenhuma surpresa, reduz a educação a assistir uma aula pela TV ou aplicativo. Além disso, a APP-Sindicato já demonstrou que a proposta exclui grande parte dos estudantes, pois a TV que transmite as aulas não tem sinal em 114 munícipios do Estado e 42% das casas não têm computador”

Diante do caos, o presidente da APP Sindicato Londrina, professor Márcio André Ribeiro, “reforça que a suspensão do calendário escolar é a decisão mais sensata. Grande parte dos estudantes e das famílias serão prejudicadas pela insensatez do secretário de educação. Além disso, a medida tende a intensificar as preocupações entre a nossa categoria. Até hoje, ninguém sabe dizer o que é para fazer. É quando orienta, esquece que a razão do nosso trabalho está ausente, pois os estudantes pelos problemas relatados não têm conseguido acessar as aulas e realizar as atividades”.    

Veja nas imagens algumas das mensagens trocadas no aplicativo “Aula Paraná” no dia 15 de abril: