Ead do Feder coloca os estudantes em risco
A criação de um sistema de Educação a Distância (EaD) pela SEED/PR para atender os(as) estudantes da rede estadual durante o período de duração da pandemia do coronavírus tem sido marcada por um conjunto de equívocos. O principal deles é a exposição das crianças, adolescentes e jovens a interação nos chats e plataformas digitais sem nenhum acompanhamento e orientação.
Ontem, 06/04, circularam nas redes sociais diversas mensagens com conteúdo inadequado que foram publicadas na plataforma “Aula Paraná”. O presidente da APP Sindicato Londrina, professor Márcio André Ribeiro, aponta que “ se a SEED agisse com o mesmo rigor e agilidade na situação de exposição das crianças no aplicativo “Aula Paraná que trata as falsas denúncias de doutrinação sem fundamento do Escola Sem Partido, o secretário da educação, Renato Feder, e sua equipe teriam se ‘autoexonerado’.”
Tal situação mereceu destaque em reportagem do jornal Folha de Londrina que publicou matéria ressaltando APP da educação tem palavrão, pornografia e chamamento para suicídio coletivo. Segundo a publicação “um dos recursos criados, no entanto, um chat em que estudantes de todo o Estado podem trocar mensagens, se tornou um problema grave. Sem moderação de professores ou qualquer outro profissional da Seed (Secretaria de Estado da Educação), as páginas estão carregadas com mensagens de conteúdo erótico, paqueras e até mesmo chamamento para suicídio coletivo”. A grave situação motivou que pais de estudantes realizassem denúncias ao Núcleo de Proteção à Crianças e Adolescente do Ministério Público em Londrina.
Os fatos relatados na notícia também chegaram ao conhecimento da APP- Sindicato. No dia de ontem a entidade publicou a notícia Ead: Governo Ratinho expõe estudantes a mensagens de suicídio e pornagrafia. Apesar dos alertas, a página do “Aula Paraná” continuava disponível para consulta pública contendo os palavrões e expressões preconceituosas no dia de hoje, 07/04.
Deputado Tadeu Veneri encaminha denúncia do Ministério Pública e solicita informações da SEED/PR
O problema criado pela SEED/PR repercutiu também na Assembleia Legislativa do Paraná. O deputado estadual Tadeu Veneri encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual e um pedido de informações à SEED/PR. Para Veneri é preocupante que “o ambiente virtual criado pelo aplicativo que passou a ser usado como rede social pelos estudantes, que estão se expondo inadvertidamente na rede com postagens pessoais e que descambam para mensagens de cunho sexual. A situação chegou a tal ponto que o sistema foi batizado de Tinder do Feder, o que levou à inativação do aplicativo neste início de semana.
No documento o parlamentar solicita ainda diversas questões, dentre elas a “prestação de informações quais empresas foram contratadas e qual é o custo? Foi realizada licitação para a contratação e em caso negativo qual a justificativa? Requer cópia dos contratos.”
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