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29 jul

Com reforma da Previdência, 7 em cada 10 vai perder o abono salarial no PR

Em 328 dos 399 municípios paranaenses, mais da metade perderá o direito ao benefício, alerta o estudo do Dieese.

 

Ratinho Junior defende a proposta de Jair Bolsonaro que acaba com abono salarial de milhares de paranaenses – FOTO: Reprodução

 

Muitos(as) brasileiros(as) já sabem que a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro vai reduzir o valor das aposentadorias, principalmente dos(as) mais pobres, e aumentar o tempo de trabalho para conseguir se aposentar.

O que nem todos já conhecem são os inúmeros prejuízos embutidos no projeto, como a restrição do acesso ao abono salarial PIS/Pasep. Com a aprovação da reforma, só no Paraná 70% vai perder esse benefício. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Atualmente, todos os(as) trabalhadores(as) com carteira assinada e remuneração média anual de até dois salários mínimos têm direito ao abono salarial. Com a alteração proposta pelo governo Jair Bolsonaro, apenas quem tiver renda média anual igual ou inferior a R$ 1.364,43 terá direito.

Segundo o estudo do Dieese, com a regras vigentes 1,472 milhão de paranaenses estariam aptos a receber o abono salarial, mas com a reforma, 1,006 milhão perde o direito. Apenas 466 mil passariam a reunir as condições para sacar o benefício.

Considerando os percentuais dos que perdem, os menores municípios do estado sofrerão os maiores impactos. Um dos exemplos é Jaguapitã, onde apenas 10% dos atuais beneficiários conseguiriam manter o acesso ao abono.

 

 

Já com base na quantidade de trabalhadores(as) que têm direito, mas vão perder, os destaques são nos maiores municípios. Em Curitiba o governo vai extinguir o abono de 212,3 mil (68%) pessoas, de 59,4 mil em Maringá (77%) e de 57,3 mil Londrina (68%).

 

 

Em 328 dos 399 municípios paranaenses, mais da metade dos(as) trabalhadores(as) perderá o direito ao benefício, alerta o estudo do Dieese.

 

 

População mais vulnerável pagará a conta

A Câmara dos Deputados concluiu no dia 12 de julho a votação em 1º turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6/2019, que trata da reforma da Previdência. O governo precisava de 308 votos, mas conseguiu 379 deputados(as) favoráveis.

Em agosto o texto precisa passar por uma nova votação na Câmara, antes de ser encaminhado ao Senado. Na etapa atual da votação, estados e municípios ficaram de fora das novas regras, mas a base do governo no Senado já se articula para fazer a inclusão.

Ao mesmo tempo que tira direitos e reduz a aposentadoria dos(as) mais pobres, a reforma de Jair Bolsonaro amplia isenções, anistias e moratórias sobre as receitas previdenciárias para beneficiar empresários(as) e o agronegócio.

Além disso, militares das forças armadas e das forças auxiliares dos estados não serão afetados(as) em nada e os(as) parlamentares das três esferas poderão continuarão com direito à integralidade e paridade.

Diga não!

Apesar de ter conseguido maioria na votação principal, o governo teve algumas derrotas, como a rejeição da proposta de capitalização. Isso é resultado das manifestações que lotaram as ruas no primeiro semestre e da conscientização de que o governo mente para levar adiante seu projeto de destruição do serviço público e dos direitos trabalhistas.

Informe-se, pressione deputados(as) e senadores(as) e compartilhe informações contra o fim da aposentadoria.

 

FONTE: APP Sindicato

 

 

 

 

 

 


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